O analista em direito internacional Fernando Canutto reforça a importância de se estabelecer mecanismos de acompanhamento para avaliar o progresso das iniciativas, promover um maior engajamento multissetorial e assegurar recursos financeiros para sustentar os projetos propostos.
“Para que os compromissos assumidos na Declaração Conjunta sejam efetivados, é fundamental que a população global tenha pleno acesso a recursos básicos, como saúde, educação e alimentação de qualidade, e a possibilidade de gerar a própria riqueza, dependendo do Estado, para que este garanta o acesso a estes recursos, de forma segura e eficaz”, disse.
“O Brasil recuperou o protagonismo que havia perdido nos últimos anos em assuntos que são chave para a projeção internacional do país, onde garantimos um assento não apenas como mero espectadores da dinâmica da política internacional”, disse.
Na mesma lógica, Canutto afirma que o governo mostrou domínio ao priorizar temas como combate à fome, desigualdade e sustentabilidade. Entretanto, traz destaque para os problemas que precisam ser resolvidos no país.
“A liderança brasileira no G20 reforçou o melhor e o pior do Brasil. Um país acolhedor, com inúmeros recursos e um potencial e mudar o mundo, qualidades estas que nos coloca numa posição de destaque no cenário internacional, sempre proativo e colaborativo em fóruns multilaterais. No entanto, evidencia o pior da hipocrisia de um país desejoso de um mundo livre de pobreza, mas incapaz de mover seus próprios cidadãos à prosperidade”, completou.
Veículo: Portal R7.