Nota: Arcabouço virou “peça de ficção”, diz Stuhlberger, e Verde zera Tesouro IPCA+

A Verde Asset Management mudou sua visão sobre a política fiscal após a mudança da meta de superávit primário para 2025 e 2026, anunciada pelo Governo. Em um evento, o CEO da gestora, Luis Stuhlberger, criticou as alterações, considerando o novo arcabouço fiscal como uma “peça de ficção” e expressando preocupações sobre a credibilidade do Governo.

A meta de superávit para 2025 foi alterada de 0,5% do PIB para um equilíbrio entre receitas e despesas, com uma banda de tolerância de 0,25 ponto percentual, permitindo um déficit de até 0,25% do PIB. Em 2026, a meta foi reduzida de um superávit de 1% para 0,25% do PIB. A Verde estima que o crescimento das despesas poderia ser maior do que o previsto pelo Governo, atingindo 3,4% e 3,7% em 2025 e 2026, respectivamente.

Em resposta às mudanças, a Verde trocou títulos públicos atrelados à inflação (NTN-Bs) por posições em títulos americanos TIPS. A gestora também investiu em títulos prefixados com vencimento em 2025 e 2026, mas alerta para a volatilidade e possíveis riscos fiscais sob o comando do presidente Lula.

Stuhlberger espera que o Banco Central adote uma postura mais hawkish, e a alocação do fundo em ações brasileiras foi reduzida de 15% para 10%, enquanto a posição em ações globais foi mantida em 5%.

Por: Igor Simoni Ilinsky.

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