O Bitcoin recuou mais de 20% desde seu pico histórico próximo a US$ 74 mil alcançado em março. Esta tendência de queda, segundo analistas, ainda não cessou. Geoffrey Kendrick, do Standard Chartered Bank, mencionou que a quebra do suporte de US$ 60 mil sugere um possível recuo para a faixa de US$ 50 mil a US$ 52 mil. Em sintonia com essa visão, Fernando Pereira, da Bitget, observou indicativos de quedas acentuadas ao analisar o long short ratio, prevendo que o Bitcoin possa atingir inicialmente US$ 54.800 e posteriormente US$ 52.000.
Além dos indicadores técnicos, fatores externos como resgates recordes em ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos também pressionam o preço. Investidores retiraram US$ 564 milhões em um único dia, a maior quantia desde a estreia dos fundos em janeiro, refletindo um possível desinteresse ou reavaliação do Bitcoin como investimento.
Esta incerteza é amplificada pela política monetária restritiva nos Estados Unidos, onde o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicou manutenção dos juros por um período prolongado. Este cenário macroeconômico menos favorável, destacado pela gestora Grayscale, sugere um impacto negativo no desempenho das criptomoedas a curto prazo.
Apesar do cenário desafiador no curto prazo, as perspectivas de longo prazo continuam otimistas. O Standard Chartered Bank, por exemplo, mantém uma projeção de que o Bitcoin pode atingir US$ 150 mil até o final deste ano e US$ 250 mil em 2025, apoiado pela expectativa de que eventualmente haverá cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos, favorecendo assim uma recuperação no mercado cripto.
Por: Igor Simoni Ilinsky.
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