Nesta segunda-feira (26), a curva de juros brasileira continuou precificando uma probabilidade superior a 90% de aumento da Selic pelo Banco Central em setembro. As taxas de contratos de curto prazo mantiveram-se estáveis, enquanto as de prazos mais longos apresentaram queda, acompanhando movimentos semelhantes no mercado de Treasuries dos EUA.
A taxa DI para janeiro de 2025 permaneceu praticamente estável, refletindo as expectativas de alta da Selic. Declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, defendendo o início de cortes de juros nos EUA, influenciaram a queda nas taxas de contratos a partir de janeiro de 2026. Apesar das crescentes tensões no Oriente Médio após ataques do Hezbollah a Israel, o apetite por risco nos mercados não foi significativamente afetado.
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou que todas as opções estão sendo consideradas na política monetária, destacando a necessidade de crescimento ordenado da demanda para evitar impactos inflacionários. O relatório Focus indicou aumento nas projeções de crescimento do PIB para 2024, de 2,23% para 2,43%, enquanto as expectativas de inflação também subiram, mostrando desancoragem das metas estabelecidas.
No cenário internacional, os rendimentos dos Treasuries permaneceram próximos da estabilidade, com o rendimento de dez anos sendo negociado em torno de 3,818%.
Por: Igor Simoni Ilinsky.
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